Cura do esquecimento?
“O que estamos nos referindo não pode ser confundido com a séria perda de memória causada pelos estágios iniciais de demência”, disse o pesquisador Alan Wade. “Este estudo é voltado para aqueles que estão constantemente perdendo sua chave, esquecendo o nome de pessoas ou não lembrando onde guardaram seus óculos”.
Wade e seus colegas vão lancer um estudo testando se uma dose baixa do medicamento memantina, usado em pacientes com Alzheimer, pode ajudar a diminuir os problemas de esquecimento, que eles apelidaram de “síndrome do estilo de vida ocupado”. Um jeito de descrever a loucura do dia-a-dia que pode causar estes lapsos de memória.
“Nós cometemos estes erros pelo menos de hora em hora. Todos nós. Diferente de andar ou mascar chiclete, a memória é uma função que está longe de ser perfeita nos seres humanos. Na maioria das vezes é imperfeita”, compara o neurologista David Knopman.
A idéia de tomar uma pílula para a memória pode causar desconfiança. “A memantina é uma droga que foi aprovada para o tratamento do Alzheimer moderado ou severo. Nunca foi testado em pessoas sadias. Não há nenhuma evidência”, disse Knopman. O médico ainda reflete: se este tipo de esquecimento é algo que acontece diariamente com todo mundo, para que tratar? Segundo ele, se não é uma doença, não precisa de