Culturas híbridas
Um campo do conhecimento ou disciplina se transformam quando novos conceitos surgem com força suficiente para substituir, deslocar ou reformular os já existentes.
A questão do híbrido, apesar de ser uma característica antiga do desenvolvimento histórico, ocupa hoje uma posição de grande destaque no âmbito das ciências sociais; sendo explorada a análise da hibridização a diversos processos culturais, assim como o seu valor.
O conceito “é usado para para descrever processos interétnicos e de descolonização (Bhabha, Young); globalizadores (Hannerz); viagens e cruzamentos de fronteiras (Clifford); fusões artísticas, liter arias e comunicacionais (De la Campa; Hall; Martín Barbero; Papastergiadis; Webner)”.
(Culturas Híbridas)
A hirbidização não é sinônimo de fusão sem contradições. Pode ser entendida como um processo de aculturação (tomando sua acepção atual), ou seja, um processo pelo qual duas culturas absorvem mutuamente suas características e costumes gerando uma nova referência, que por sua vez apresenta traços culturais de ambas
“Entendo por hibridização processos socioculturais nos quais estruturas ou práticas discretas, que existiam de forma separada, se combinam para gerar novas estruturas, objetos e práticas.”
(Culturas Híbridas)
Contudo o termo é ainda, por alguns, visto com certo receio, devido a sua vasta abrangência; e então, substituído por sinônimos mais específicos como sincretismo quando fala-se em questões religiosas, mestiçagem em história e antropologia, fusão em música. Em geral, os que se opõem a sua utilização são aqueles que associam a palavra ‘híbrido’ a seu sentido biológico, esses temem transpassar à sociedade e à cultura a esterilidade que costuma ser associada a esse termo, entretando essa é uma visão ultrapassada do século XIX, período no qual a hibridização era vista como uma ameaça ao desenvolvimento social, e não como uma aliada do homem como é hoje.
“Não têm