Cultura
Na Era Moderna, podemos perceber como há uma distinção do sentido de “cultura” entre dois grandes povos, de um lado os franceses, que acreditavam que o ser humano se torna “culto” ou até mesmo “civilizado” quando está em processo geral de desenvolvimento, enquanto para os alemães, a cultura foi associada a produtos intelectuais e artísticos que expressavam a individualidade e criatividade, independente da classe social do indivíduo. É desse conceito de cultura alemã que surge a concepção clássica, que está ligada ao desenvolvimento das faculdades humanas, o que ainda prevalece entre nós atualmente. Sob a luz de Roberto da Matta, vemos como a questão da sabedoria e educação classifica o indivíduo e consequentemente é usada como arma discriminatória que é uma das principais problemáticas. Além disso, ele critica essa concepção clássica, já que na atualidade ela se dá como senso comum. Há também a questão da classificação e distinção de alta e baixa cultura, a qual se faz presente há muito tempo, existe essa tendência de hierarquizar aquilo que é diferente, como forma de exclusão ou inclusão, e da Matta tenta mostrar como todas as “subculturas” são equivalentes e possuem seus aspectos importantes, independente do ponto de vista e da época analisada.
A partir do momento em que a antropologia começou a emergir, o conceito de cultura perde sua ideologia etnocêntrica e passa a ser mais ligada a costumes, práticas e crenças que formam a característica da