Cultura Árabe
A cultura árabe manifestou-se principalmente na arquitetura e na literatura. A arquitetura árabe foi grandemente influenciada pela arquitetura persa, indiana e bizantina. As edificações mais célebres foram as mesquitas, construções requintadas e decoradas luxuosamente com fragmentos das sentenças do Alcorão, figuras geométricas, plantas e flores, formando belíssimos arabescos. A representação de figuras humanas ou de animais era proibida.
Na poesia destacou-se Muttanabi, que viveu nos fins do século X, porém o mais conhecido foi Omar Kayam, autor do famoso Rubaiyat (quadras ou quartetos), que ficaram conhecidos a partir da tradução de Edward Fitzgerald, em 1839. O mais famoso exemplo da prosa muçulmana é a coleção de histórias denominada Mil e uma noites que reúne fábulas, histórias de aventuras, anedotas e contos familiares, geralmente reflexos da vida requintada do califado de Bagdá.
Na matemática, os árabes desenvolveram os algarismos arábicos, a álgebra e o emprego do zero. Na medicina, os alquimistas árabes foram os precursores da química moderna. Conta-se que as preocupações com a natureza e a transformação ocorrida nos corpos fizeram com que os alquimistas buscassem o elixir da longa vida. Os resultados obtidos foram bem mais modestos, mas permitiram a descoberta de novos compostos químicos como o álcool, assim como as propriedades fundamentais dos ácidos e sais.
Na filosofia, os árabes foram sensíveis à influência de Aristóteles. Aliás, foi através desse povo que a Idade Média Ocidental se impregnou do pensamento aristotélico. Seus maiores pensadores foram os médicos Avicena e Avirrois, muito lidos, sobretudo, nas escolas e universidades medievais até o século XVII. A efervescência cultural durante a Idade Média foi alvo de forte influência desses médicos. Então poderíamos dizer que a cultura ocidental do período se desenvolveu graças à grande influência da civilização árabe – e mais do que da civilização bizantina, foi dela que a