Cultura Árabe
A Igreja e a Perseguição Religiosa (Passado)
O cristianismo teria chegado ao país quando da dominação portuguesa, no século XVI, mas isso não é comprovado historicamente.
Praticamente 100% dos cristãos nos EAU são estrangeiros. Há 33 igrejas no país - evangélicas, católicas e ortodoxas - onde esses cristãos podem se reunir. Essas igrejas foram construídas em terrenos doados pelas famílias que governam os emirados. Ao receber essa doação, a denominação adquire o reconhecimento do governo.
Em alguns casos, os templos são construídos próximos uns dos outros, ou em lugares distantes da zona residencial onde os membros das congregações vivem. Isso afeta a participação das pessoas nos cultos. Mesmo assim, algumas igrejas ficam superlotadas em ocasiões especiais e têm de realizar o culto a céu aberto, dadas as limitações de espaço. Quatro emirados têm escolas cristãs de ensino fundamental e médio.
O Emirado de Abu Dhabi e o de Dubai doaram terrenos para a construção de cemitérios cristãos.
A perseguição
A Constituição prevê liberdade religiosa; o governo, de modo geral, respeita esse direito. No entanto, há algumas restrições. O islamismo é a religião oficial dos sete emirados. Há dois sistemas legais: o da sharia (lei islâmica) para as varas criminal e familiar; e o secular para a vara civil. As igrejas não têm permissão para exibir uma cruz ou colocar sinos fora de sua propriedade. Entretanto, o governo não interfere no terreno que a igreja ocupa.
As congregações aceitam convertidos de todas as religiões, exceto do islamismo, porque a lei não reconhece e nem permite conversão de muçulmanos a outra crença. De acordo com a sharia, homens muçulmanos podem se casar com cristãs ou judias. Entretanto, mulheres muçulmanas não podem se casar com não-muçulmanos, a menos que eles se convertam.
Como o islamismo não valida o casamento entre um não-muçulmano e uma muçulmana, as duas partes podem estar sujeitas a detenção, julgamento e prisão