Cultura e identidade juvenil em tempos de globalização
Introdução
Em meio às constantes transformações vividas na cultura contemporânea, com a consolidação do processo da globalização, que trouxe consigo uma intensificação dos fluxos econômicos, de pessoas e de informação, a construção de um imaginário social é cada vez mais perpassada por elementos interculturais. Tendo esses pressupostos em mente, e partir das reflexões e estudos feitos em sala de aula, elaboramos uma pesquisa de campo que abarcou 42 jovens entre 17 e 25 anos, sobretudo de Niterói e do Rio de Janeiro, a partir dos seguintes questionamentos: Quem você é? Com quem ou com o que você se identifica? O que é identidade para você? Com base nos resultados obtidos, procuramos identificar as características de tal faixa etária, analisando o que seria um senso comum entre eles, como também destacando algumas respostas que fugiram do habitual, comparando e analisando com os textos teóricos estudados. A partir daí, surgiram algumas indagações: Será que é possível termos várias identidades? Com uma interação e uma velocidade cada vez maior, há uma resposta certa a se dar quando se pensa em identidade? É o que vamos procurar refletir ao longo deste trabalho.
Juventude, Identidade e Globalização
Compreende a juventude como uma construção social, histórica e cultural. É um período de transição, genericamente definido entre a infância e a maturidade (ligadas à capacidade de reprodução), quando se conclui na “inserção no mundo adulto”, tornar-se responsável, dono de sua própria vida. Hoje, houve a perda da linearidade deste processo, as condições que apontam o término da juventude podem ser relativizadas, indo de acordo com as trajetórias de cada indivíduo. “A juventude não está pronta, é uma construção que nasce da luta entre jovens e adultos”, nos confirma Bourdieu. Momento de experimentações, conflitos e reflexões, tomadas de decisões que participarão na