CULTURA E EDUCA O PARA INOVA O
Podemos entender a cultura como um conjunto de práticas de comportamento, um padrão, compartilhado por um grupo - a forma como as pessoas agem e pensam dentro desse grupo. É o fato de ser um padrão compartilhado que torna a cultura tão difícil de ser transformada. Se mudar nossas próprias atitudes pode ser difícil, imaginem de um grupo amplo de 5.000 pessoas (em uma grande empresa) ou de uma nação! E este desafio se torna ainda maior quando compreendemos o elemento histórico da explicação: as práticas são selecionadas e perpetuadas pelo grupo como a forma certa de agir e de pensar, porque tiveram ou ainda têm sucesso, uma vez que ajudaram o grupo a enfrentar seus problemas.
Por trás desse desafio está um importante princípio do comportamento humano: somos muito influenciados pelos nossos problemas e pelo sucesso imediato; e somos pouquíssimo influenciados pelo que poderá nos acontecer (ou a nossas empresas, ou a nossa nação) em longo prazo. Aprendemos a ver o presente e apenas vislumbramos de forma “embaçada e em duas cores” o futuro.Um pouco de cultura nos explica, então, por que tantas coisas podem não funcionar bem nas organizações que desejam inovar. A inovação radical traz consigo a necessidade de investir em tecnologias que demoram a mostrar resultados, somente pensando no futuro podemos tomar a decisão de investir nisso no presente. Além disso, o risco é inerente à inovação, e ele tem altíssima influência nas decisões de investimento do presente. A cultura também é um dos fatores que explica por que empresas possuem tanta dificuldade em interagir com os centros de pesquisa e vice-versa. Além disso, ela ainda pode nos dar pistas do motivo pelo qual a maioria dos funcionários, apesar de ter uma inquietação e muitas ideias, se restringe a resolver seus problemas diários e operacionais. E também nos indica possíveis respostas para diversos problemas entre os agentes de inovação.
Mas, então, como criamos uma cultura