Cultura: um conceito antropológico
O livro inicia uma introdução ao conceito antropológico de cultura direcionando a um público leigo no assunto, mostrando como a cultura, principal característica humana, desenvolveu-se simultaneamente com o equipamento fisiológico do homem.
É perceptível a grande diversidade cultural da espécie humana, e apesar de todos os homens possuírem a mesma natureza, o que os difere são seus hábitos, fruto de culturas distintas de cada sociedade. Para se ter um entendimento dos costumes de cada povo, essas culturas são comparadas com a própria sociedade do pesquisador, não se esquecendo que apesar de acontecerem choques culturais ao se ter contato com outras sociedades, não existe uma cultura correta e uma errada, o que acontece é o fato de cada uma possuírem referencias diferentes e se adequarem a elas desde o seu nascimento.
Não é preciso pesquisar e comparar os seus costumes apenas de indígenas e nem fazer uma volta ao passado, basta pequenas comparações entre americanos, europeus e asiáticos. Por exemplo, uma comida repudiada ou proibida em um país pode ser considerada iguaria em outro, e até os padrões de beleza se diferem em cada uma dessas sociedades.
Depois de pesquisas e diversos estudos, foi-se entendido que nem as formas biológicas e geográficas determinam as formas culturais de cada sociedade.
Homens de culturas diferentes possuem uma visão de mundo diversa e , por tanto, têm maneiras diferentes de enxergar as coisas. Por exemplo, uma pessoa nascida numa grande cidade, desprovida de conhecimentos específicos, verá na floresta amazônica um amontoado de árvores e plantas de tipos diferentes. Mas para um índio nativo da floresta, cada uma dessas árvores tem um significado qualitativo e uma referencia espacial.
Em nossa sociedade, descriminamos tipos de comportamentos diferentes devido a nossa herança cultural, desenvolvida por inúmeras gerações, que nos ensinou a reagir negativamente em relação ao comportamento daqueles que