Cultura Surda
As tensões provocadas nos diversos níveis de relacionamento exigem trazer para o centro das discussões os tempos humanos de educados e educadores. Em outras palavras trazer o SER de cada uma das partes envolvidas no processo. Como compreender a educação e a escola como um direito se os que dela se acercam não realizam com alegria. Aquilo que é um direito não pode ser transformado num criador de monstrinhos. As tensões merecem ser encaradas e resolvidas na medida em que a comunidade escolar passar a levar para a escola a sua fome de saber associada à fome de sentido para a vida. Pág.
O imaginário dos educandos precisa encontrar na escola uma resposta para suas mais profundas inquietações. A evasão, a desatenção, a não aprendizagem e até a violência podem ser sintomas que a educação não está alcançando o objetivo de ser o imaginário construído. Parece que aquilo que se ensina não é referência para a vida. A especificidade de ensinar consiste em facilitar que o outro aprenda e isto obviamente não se dá enquanto o educador for visto e tratado como aquele que sabe a serviço daquele que não sabe. Pág.
Um dos desafios para recuperar o sentido alegre do direito à educação será completar nas bases curriculares questões que ajudem a responder o sentido da vida. Um dos lugares, se é que se pode chamar assim, para se aprender é a vivência dos direitos e deveres. Na medida em que o educador tem claro sua função de formar pessoas mais facilmente ele se dará conta que seus discípulos são sujeitos que pensam, aprendem, fazem, concordam, discordam, etc. Sob esta ótica é pertinente ao educador desenvolver habilidades para escutar, ver, experimentar, criar sensibilidade para com toda a realidade dos destinatários da sua missão. Pág.
Não se pode prescindir da tarefa do educador que ele está a serviço do ser humano na sua totalidade e não apenas de uma das