Cultura Pobre que Custa Caro
Vivemos em um país, onde o que mais buscamos é a dignidade da pessoa humana, melhores condições de vida e a proteção dos direitos fundamentais. Infelizmente, o processo para atingir essa pretensão continua lento e omisso.
Estamos sendo englobados por um desenvolvimento insustentável da supremacia governamental, onde nosso presente prevalece à moda “pão e circo” e nosso futuro tende a ser obscuro. Ora, se a Constituição Federal estabelece em seu artigo 5º uma vida digna a todos os cidadãos e este vem a ser o preâmbulo das normas, por que há tanta exclusão e tantas diferenças que abrangem nossa sociedade?
Enquanto havia dezenove brasileiros, “lutando” para ganhar um milhão, há mais de dezenove milhões de brasileiros lutando para ganhar um real a mais para poder abastecer seus carros. Não adianta “fortalecer” o salário se, porventura, vier a ocorrer uma inflação, isso é desumano.
Essa tal demagogia, ou o fato de se “tratar igual os desiguais”, faz com que se sustente à idéia de que a criação de leis e regimentos, não resolverá lides. Há, portanto, a necessidade de um todo, ou uma formulação de idéias sociais, para que a nova geração venha com o pensamente em “tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais” como um meio de igualdade para todos.
Somente assim, nossa legislação passará a enxergar os conflitos clássicos entre as classes sociais e das promessas lançadas, virarem compromissos sérios perante o povo brasileiro. Mas, enquanto isso não acontece, continuaremos a viver na tradicional “Burguesia Burocrática Boçal”.
Bauru, 23 de março de 2011.
MARIANA LUCCAS
Faculdade Anhanguera de Bauru/SP
Curso de Direito – 3º Ano.