Estudo dirigido (Bauman)
Vive-se hoje em uma sociedade cujas bases de organização e desenvolvimento encontram-se pautadas nos ideais capitalistas, ou seja, uma sociedade organizada em torno dos bens de consumo. Não à como falar de consumismo sem aborda o capitalismo, para que esse sistema se sustente é necessário a constante troca de mercadorias e é essa cultura de compra que garante o seu bom funcionamento. Movido pela ânsia de possuir e encantado pelas maravilhas das propagandas os homens de bem cedem lugar a homens de bens, com isso, o ter se torna mais importante que o ser. Segundo o presidente norte-americano Jimmy Carter : “ A identidade humana não é mais definida por aquilo que se faz, mas sim por aquilo que se possui.” A pessoa é demarcada por sua capacidade de compra e não por seu valor moral e individual. O sujeito é tão importante quanto seu poder de compra. “Consumo, logo existo”, é um lema que resume o drama do consumismo, em que o indivíduo se torna visível para a sociedade a medida que ele consome. O objetivo do marketing é o da manipulação, o método é satisfazer todos os desejos, vontades e necessidades de tal forma que provoque novos desejos, vontades e necessidades. Ou seja, nenhuma empresa ou produto tem a intenção de suprir e limitar seus anseios, mas estimulá-los cada vez mais. Não importa quantas vezes você compre, nunca será o suficiente e é por isso que os indivíduos contemporâneos sentem a sensação de vazio, pois o consumismo é uma busca ininterrupta pela satisfação, além de promover o que o marxismo denomina fetichismo - no lugar de conceder ao sujeito um objeto, trata-se de prover ao objeto um sujeito. Com isso, o homem deixa sua racionalidade, seu individualismo, suas emoções a merce, o produto que o define e não suas características próprias. Além disso, a “boa forma” é um certificado de estar incluso e pertencer a sociedade, é definida pela ausência de limites, não importa o quão excelente esteja a forma do seu corpo, ele