Cultura Padronizada

CULTURA PADRONIZADA

A cultura padronizada é conhecida também como indústria cultural, que nada mais é uma forma de homogeneizar todo mundo, domesticando e direcionando os seus desejos, para dominá-los. A cultura padronizada é o que o povo é “imposto” a ter como cultura, ou seja, o mais relevante não é o que o povo pensa e sim o que a indústria acha que vai ter mais vantagens para ela própria. O rádio, o cinema e a televisão são exemplos do quais faz uso a indústria cultural. A televisão, mescla do rádio e do cinema e de alcance maior, é tida como o exemplo máximo dessa dominação, padronização, sujeição.
Ela reforça as relações de poder estabelecidas e zela para que a ordem não seja desestabilizada. As colunas sociais do jornal servem de exemplo a isso. Conheça os ricos, charmosos, maravilhosos, bem sucedidos, bonitos que devem servir de modelo pra você, que inocentemente acredita que um dia poderá ser como eles (e ainda existem manuais pra que você aprenda a chegar lá).
Na falta do exercício intelectual e mental do ouvinte ou do telespectador, que passivamente apenas recebe os estímulos de consumo que são bombardeados em cima dele, surge que a diversão é comumente usada como pretexto para o consumo da cultura padronizada. Veja o exemplo do Sertanejo Universitário. A música sertaneja tem uma raiz mais ligada a forma de vida interiorana das cidades do centro-oeste do país. De uns tempos pra cá, a figura do filho de fazendeiro, com botas de couro, chapéu e letras melosas acaba associando um traço cultural a um traço comercial. Tudo isso porque é assim que as gravadoras conseguiriam tornar a música sertaneja sem graça e ligada apenas ao contexto daquelas pessoas que a construíram, algo padronizado e que alcançaria um grande público, em especial os jovens. Tivemos a vez do Axé Music, depois o Funk, e agora o Sertanejo Universitário. Ligue o sinal vermelho para não ouvir, comprar e consumir música falsificada, com letras compactas e duplas assemelhadas. Voltando a