Industria cultural
Resumo de texto p/ o tema da equipe 3: CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
Texto: MORIN, Edgar. A indústria Cultural. In: FORACCHI, Marialice Mencarini; MARTINS, José de Souza (Orgs). Sociologia e Sociedade: Leitura de introdução à Sociologia. Editora LTC, 2006. p. 253 – 259.
Resumo
A cultura industrial surge a partir das invenções técnicas, orientada por um rápido processo de inovação subordinado às intencionalidades do capitalismo. Nessa perspectiva, o desenvolvimento da indústria cultural tem ocorrido em todos os regimes, tanto no quadro do Estado quanto no da iniciativa privada. Em ambos os sistemas, pode-se afirmar que existe a concentração da indústria cultural aliada a um propósito de dominação, seja visando “adaptando o seu público a sua cultura” (Estado), com interesses políticos e ideológicos; ou, no intento de “adaptar sua cultura ao seu público” (iniciativa privada), com interesses lucrativos a partir do agrado ao consumidor. Essa concentração corresponde a um processo burocrático, no qual vão ser selecionadas as informações e definidas o modo pelo qual elas serão transmitidas através dos meios de comunicação; nessa lógica, a ideia criadora é filtrada e submetida a exames antes que eles cheguem às mãos daqueles que decidem.
Partindo desse pressuposto, a indústria cultural tem diante de si o duelo entre a burocratização-padronizada (centralizadora) e a originalidade (a busca pela inovação), e o seu funcionamento se opera a partir desses dois pares. Em cada caso se estabelece uma relação especifica entre a lógica, industrial-burocrática-monopolística-centralizadora-padronizada, e a contralógica, individualista- inventiva-concorrencial-autonomista-inovadora. Em rompimento com a lógica, no sistema do Estado se mantém grande resistência antiburocrática, uma vez que as considerações a respeito do lucro são secundarias nesse sistema. Dessa forma, a criação cultural não pode ser totalmente