CULTURA ORGANIZACIONAL
Autores como Luckesi (1990), Hoffmann (1993; 2004) e Vasconcellos (1995) têm contribuído na compreensão da avaliação ao concebê-la como um ato pedagógico que ocorre no interior da instituição escolar, a qual, por sua vez, está inserida num determinado contexto social. Analisam o trabalho pedagógico, a prática avaliativa que se realiza na instituição, observando que a avaliação pode assumir as funções classificatórias e diagnósticas, conforme a postura pedagógica assumida pelo professor ou representar um indício para o professor compreender o nível em que o aluno se encontra, a fim de buscar desafios que o estimulem no processo de (re)construção do conhecimento. A mudança das práticas avaliativas exige mudanças de concepções no cotidiano docente. Segundo Luckesi:
Para que a avaliação educacional assuma o seu verdadeiro papel de instrumento dialético de diagnóstico para o crescimento, terá de se situar e estar a serviço de uma Pedagogia que esteja preocupada com a transformação social e não com a sua conservação. A avaliação deixará de ser autoritária se o modelo social e a concepção teórico-prática, também não forem autoritários. Se as aspirações socializantes da humanidade se traduzem num modelo socializante e democrático, a pedagogia e a avaliação em seu interior também se transformarão na perspectiva de encaminhamentos democráticos (LUCKESI, 2002, p. 42).
Ao ampliarmos nossos olhares, entendemos que a avaliação tem um significado cultural profundo, avalia-se o saber próprio de cada indivíduo e o saber historicamente construído, pois se refere aos valores culturais e a maneira como são aceitos. Concordamos