Cultura Estudada
Como obra arquitetônica a cidade é uma construção em grande escala no espaço, só percebida no decorrer dos longos períodos de tempo sendo seu design uma arte temporal. Nada é vivenciado em si mesmo, mas sempre em relação aos seus arredores, às sequências de elementos, à lembrança de experiências passadas. Cada cidadão tem vastas associações com alguma parte de sua cidade e o cidadão faz parte desse cenário. A cidade não é apenas um objeto percebido, ela pode ser estável por algum tempo, mas está sempre se modificando nos detalhes.
Capítulo 3 – A imagem da cidade e seus elementos Vias – são canais de circulação ao longo dos quais o observador se locomove de modo habitual, ocasional ou potencial. Podem ser ruas, alamedas, linhas de trânsito, canais, ferrovias. Para muitas pessoas, são estes elementos predominantes em sua imagem. Limites - são elementos lineares não usados ou entendidos como vias pelo observador, são fronteiras entre duas faces, quebras de continuidade lineares: praias, margens de rios, lagos, etc., cortes de ferrovias, construções, muros e paredes. São referências laterais, mais que eixos coordenados Bairros – são regiões médias ou grandes de uma cidade, concebidos como dotados de extensão bidimensional. O observador neles penetra mentalmente, e eles são reconhecíveis por possuírem características comuns que os identificam. Sempre identificáveis a partir do lado interno, são também usados como referência externa quando vistos de fora. Pontos Nodais – são pontos, lugares estratégicos de uma cidade através dos quais o observador pode entrar, são focos intensivos para os quais ou a partir dos quais se locomove. Podem ser basicamente junções, locais de interrupção do transporte, um cruzamento ou uma convergência de vias, momentos de passagem de uma estrutura a outra. Alguns desses pontos nodais são o foco e a síntese de um bairro, sobre o qual sua influência se irradia e do qual são um símbolo.