cultura, direito e sexualidade
A temática sobre sexualidade desperta grande debate em diversos setores da sociedade. Particularmente, nos dias atuais em que o movimento em defesa do reconhecimento e respeito dos direitos dos homossexuais ganhou maior expressão. A motivação da escolha, de tal tema, tem como justificativa o crescimento do debate em torno de diversas questões acerca da homossexualidade. Principalmente em relação à institucionalização de garantias que tem como objetivo garantir o direito a expressão da cidadania e da democracia para as diversas culturas encontradas na sociedade. A discussão é necessária, sobretudo, a respeito dos direitos civis, como o direito ao casamento e, de uma maneira mais ampla o direito dos gays formarem uma família. direitos estes até então considerados exclusivos aos heterossexuais.
O PRE-CONCEITO SOCIAL AO GAY
O termo homossexualismo foi utilizado pela primeira vez em 1869, pelo médico húngaro Karoly Maria Benkert, ao escrever uma carta-protesto diante da iminente criminalização das relações sexuais entre homens na Alemanha. A ideia legitimada por um olhar médico colocou o gay como uma “espécie” desviada, sendo passível, portanto, de um controle médico-legal (MISKOLCI, 2007).
O homossexualismo passou a representar uma suposta ameaça à ordem, em virtude do medo de mudanças profundas em instituições como a família. O homossexualismo significava no final do século XIX, uma ameaça à reprodução biológica, uma ameaça a tradicional divisão de poder entre homens e mulheres e, sobretudo, uma ameaça à manutenção de valores morais responsáveis pela ordem.
A Igreja Católica, que exerceu grande influência, sobretudo na Idade Média, ainda corrobora para a manutenção da idéia de que a relação homo afetiva é algo que deva ser combatido. Com a manutenção da idéia de que o sexo deva ser procriativo e praticado sob a benção matrimonial, coloca em questão a valorização da família como uma instituição constituída pelo um