Cultura brasileira: o que é, como se faz
O autor inicia o Capítulo: “Enfoques da Cultura Popular Brasileira”, dizendo como a bibliografia sobre a cultura popular brasileira nos ajudaria a conhecer de modo mais abrangente nossa realidade tão complexa e tão esquiva à quantificação.
Muitos tem que apreciam na cultura popular brasileira principalmente os aspectos do passado, num enfoque histórico. Daí surge dois arranjos divergentes: “de um lado, o saudosismo laudatório dos “bons tempos”; de outro, o preconceito sobre práticas ou realidades populares, havidas por superadas e até digna de esquecimento.”
Exerce-se também o enfoque estético lúdico, de forma que nossa cultura popular é estudada e aproveitada por muitos intelectuais como fonte para sua criação artística e, outras vezes, como expressão concreta da natureza lúdica brasileira.
Outro tipo de análise, mais recentemente, ganhou incremento no Brasil e em toda a América Latina: o enfoque econômico. Outra modalidade de enfoque político é o da cultura popular como cultura de resistência. Do enfoque político surge, naturalmente, o pedagógico, “à saber, a tendência de instrumentalizar a cultura popular desfolclorizada, como potencial conscientizador das massas mediante a educação informal oferecida pelo teatro, cinema, músicas, festas, literatura de cordel, exposições e muitas outras iniciativas aglutinadoras.”
No capítulo: “Especificidade da cultura popular brasileira”, o autor fala que a cultura popular brasileira não pode ser compreendida apenas como uma pilha de objetos, de produtos ou de realidades sedimentadas. “Ela é um processo vivenciado diferencialmente no seio da sociedade nacional.”
Nos dias atuais campeia pelo Brasil a cultura de massa ou indústria culturas. Segundo o autor “de iniciativa privada, nacional e transnacional, embora consentida e, às vezes, até implantada pelo Estado, constitui ela uma das realidades mais sérias e