Cuidados assistenciais ao paciente com saúde mental
A reforma psiquiátrica voltada a uma nova proposta de atendimento à saúde mental apresentou diferentes estágios evolutivos pelo mundo. Em tese, esta falta de uniformidade no período em que ocorreu não apresenta relevância. O fator mais importante esteve na preocupação dos países em assinar acordos que referendassem a proposta de mudança no panorama de atendimento aos doentes mentais, centralizados no modelo manicomial.
Em diferentes lugares, começaram a ser ensaiadas diversas tentativas de modificar os hospitais psiquiátricos. A princípio, os movimentos diziam respeito à busca pela humanização dos asilos. Partia-se de uma crítica à estrutura asilar, vista como responsável pelos altos índices de cronificação e que, por ser o manicômio uma instituição de cura, deveria ser urgentemente reformado, uma vez que havia se afastado de sua finalidade. Associada a esta tentativa de reforma asilar, também estava a necessidade de se promover a criação de espaços para a recuperação de feridos e vítimas de traumas de guerra, tendo em vista a necessidade de reorganizar o Estado e compensar as carências advindas dos frontes de batalha (ALVES et al, 2009).
A abordagem do tema escolhido para este estudo direciona-se a uma temática com ênfase social, cultural e de saúde pública – os cuidados prestados pelos familiares aos pacientes que passam pela internação dia em CAPS. Considerando a dimensão da psiquiatria na sociedade moderna e, todos os processos de transformações pela qual ela já passou nos últimos anos, discutir a respeito deste assunto deveria ser uma questão redundante, à medida que, este assunto deveria estar superado.
O cerne do problema não está apenas em modificar o local em que os doentes mentais serão instalados, o período diário, ou ainda, quais serão os profissionais responsáveis por eles. A mudança deve ser abrangente, voltada ao problema em suas raízes, ou seja, abranger questões sociais, culturais, políticas, psiquiátricas e