CTE E Redes Em Grupos Final

Grupos de pesquisa potencializam relações entre fatores contextuais e aprendizagem, promovendo o trabalho em equipe dos seus integrantes (Odelius, Abbad, Resende-Junior, Sena & Ono, 2010), o que os tornam espaços propícios ao estudo desse fenômeno. O objetivo desse estudo foi descrever o domínio de competências de trabalho em equipe (CTE) e características de redes sociais de grupos de pesquisa, observando a influência das redes no desenvolvimento de competências de participantes de grupos de diferentes áreas do conhecimento. Para tanto, foram realizadas análise documental (CNPq e Capes) e pesquisa de campo por meio da aplicação de questionário eletrônico validado para coleta de dados de CTE (Ono, 2012) e de características das redes. Obteve-se uma amostra de 46 mulheres e 35 homens, com idade entre 20 e 62 anos e tempo de participação no grupo entre 1 e 50 anos. Os resultados indicaram não haver diferenças significativas entre grupos quanto ao grau de domínio de CTE desenvolvidas a partir da atuação no grupo e quanto à percepção da contribuição da participação no grupo nesse desenvolvimento, sendo que em todas as áreas estudadas há alto grau de domínio das competências. Identificou-se ainda que as redes estabelecidas para a aprendizagem das CTE são distintas nos grupos pesquisados, sendo que para a informação transitar de um extremo ao outro das redes, nos grupos das áreas de Exatas e Humanas, são necessários dois atores e nos da área de Vida, entre um e quatro. Nesses grupos, o líder nem sempre é o ator central, provavelmente em decorrência de características de divisão e organização de atividades. Entretanto, em certos casos, a ausência do líder levaria a uma fragmentação do grupo, o que denota sua importância. Dessa forma, este estudo permitiu identificar que a participação nos grupos de pesquisa contribuiu para o desenvolvimento de CTE e que os grupos têm configurações de redes diferentes. Além disso, dada a identificação de elevado desenvolvimento das CTE