Crônica

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS I
CURSO: Ciências Sociais
DISCIPLINA: Prática de Leitura e Produção de texto
PROFESSOR: Marcos Aurélio
ALUNA: Amanda de Freitas Alves

Crônica
Tudo acaba sendo clichê, seja falar disso ou daquilo, tudo é clichê. Talvez até falar de clichê seja clichê. Mas afinal de contas o que vem a ser o clichê? No dicionário clichê significa “Uma expressão idiomática que de tão utilizada, se torna previsível. Desgastou-se e perdeu o sentido ou se tornou algo que gera uma reação ruim, algo cansativo em vez de dar o efeito esperado ou simplesmente repetitivo”. Estranho, não? Pois muita gente diz que falar de amor é clichê, chorar é clichê, matar o bandido no fim do filme é clichê, mandar flores é clichê, tal música pra tal momento é clichê... Mas tudo isso então perdeu o sentido? Tudo isso se tornou ruim? Quando? Por quê? A repetição de momentos se tornou ruim, pois se tornou clichê. É complicado analisar assim pois todo ano fazemos aniversário, por exemplo, e ele sempre chega com um gosto novo, mas é algo repetitivo... Sempre a mesma data, talvez as mesmas pessoas sejam convidadas, e terá sempre o clássico “Parabéns pra você” e é difícil encontrar alguém que não goste de aniversário. Mais difícil ainda encontrar alguém que não goste de aniversário porque ele é clichê.
É difícil entender o porque de tantas coisas especiais serem taxadas de clichê, se o significado dessa palavra é tão ruim e pesado. Classificar o amor como clichê! O absurdo dos absurdos... Talvez ele tenha mesmo este significado, porque quem desdenha quer comprar, não é mesmo? Quem não quer um amor, um beijo na chuva, ver o vilão morrer no fim do filme, escutar aquela música naquele momento com aquela pessoa de sempre? O clichê é só uma forma descabida e esnobe de dizer que algo muito especial, já não tem mais sentido ou graça. Só a nossa mania clichê de esquecermos de dar valor ao que realmente merece.