Crítica

Um passeio de bike
Hoje, não sei por qual motivo, estava mais analítica que o normal e no decorrer do caminho na ciclovia da marginal pude perceber que tudo é muito lindo, os Ipês e Flanboyants com seu amarelo e laranja destacando-se da vegetação ao redor. A primavera que pude observar ao longe, com seu tom magenta enchendo meus olhos de alegria. As amoreiras, mangueiras, goiabeiras e mamoeiros ga rantem o alimento dos quero-queros, bem-te-vis e sabiás. Flores por toda a parte, trepadeiras com tom lilás e amarelo, arbustos com flores vermelhas, bom-dias e boa-tardes ao longo do percurso.
Tudo seria perfeito, se não fosse o fétido e podre Rio Pinheiros. Pude observar muuuuuito lixo, pequenos afluentes imundos e garrafas pet acumuladas nas margens. Tudo isto é culpa do próprio homem, com o avanço desenfreado, não olha a sua volta e não vê o que está causando ao mundo. Fico imaginando como, em pleno século XXI, as pessoas ainda jogam lixo dentro dos rios, isto é inaceitável para mim.
Estamos numa era onde se fala muito em produtos verdes, ecologia, melhor qualidade de vida e não conseguimos nem conscientizar a população. Isto não é culpa só do governo, mas poderiam fazer um trabalho de berço, conscientizar as crianças, para que no futuro tenhamos um país melhor. O governo poderia melhorar a educação, que está um lixo, quase como o Rio Pinheiros. Adolescentes saem da escola sem saber ler e escrever, sem saber a tabuada ou o hino nacional, isto é uma vergonha!
Enfim, o Rio Pinheiros é uma ferida aberta que corre no meio da cidade. Quem passa pela marginal com seus carros veem apenas arbustos coloridos e até palmeiras imperiais, beleza para esconder a podridão.
Quando vi uma família de capivaras nadando para cruzar o rio pensei, “Os animais lutam por sobrevivência”, ainda há vida ali.
Luciana, por incrível que pareça, as garças ainda são muito brancas e se destacam ao longe quando o sol bate nelas.
Conheci pessoas idosas que contavam estórias sobre o rio, que