Crítica Literária
Para falarmos em crítica literária devemos permanecer dentro das fronteiras estabelecidas pela mesma, mantendo em perfeito equilíbrio a literatura e a crítica, promovendo a compreensão e, ao mesmo tempo a apreciação da literatura. Assim, o crítico, em sentido amplo, faz-se pelo esforço de compreender para interpretar; ele deve perceber, compreender, julgar, apreciar. Podemos falar que o âmbito de atuação do leitor crítico é universo literário, o qual inclui conhecimentos específicos e literários em especial as tradições e as convenções literárias, o estudo do gênero, do período, movimento e escola literária aliando a tudo isso a análise a interpretação. O leitor crítico deve ter a capacidade de investigação e assim conhecer as etapas da leitura crítica com a finalidade de analisar seu objeto de estudo com precisão, extraindo dela obra literária o máximo possível de forma crítica e especializada. Deve estar atento para não enxergar com sinônimos a compreensão e a explicação e jamais se esquecer da interpretação e da apreciação. Não podem existir exageros nas etapas da análise literária, já que não se pretende explicar a obra literária e sim a crítica literária. Deve-se contar para que não tenha uma exagerada subjetividade. A crítica literária deve ter, conforme dito acima, equilíbrio, entre apreciação e compreensão, em que sejam utilizadas a interpretação, a capacidade de “revirar” a obra, de expandir. Conclui-se, então, que para que não ultrapassemos os limites da atividade crítica, devemos usar a análise e a interpretação, jamais deixando de lembrar que obras literárias não são fechadas, sendo assim devem ser sempre analisadas e podendo ser interpretadas de maneiras diversas.