Crítica de Marx ao Sistema Capitalista
O capitalismo, segundo Marx, se configurou plenamente a partir do século XVIII (apesar da sua origem ser anterior), quando ocorre a Revolução Industrial. Iniciada na Inglaterra, dali se propagou para outros países. Sua essência era a busca do capital, pelo qual a burguesia - a classe social dominante- concentra o poder.Nessa busca, esse sistema econômico não vê nenhum impedimento político, moral ou ético para expropriar o trabalhador de todos os seus atributos humanos. Marx afirma que no processo de produção capitalista, o homem se aliena, tornando-se mera peça de engrenagem produtiva. Ele não é mais dono dos seus instrumentos de trabalho, o ritmo de produção não é imposto por ele e tampouco domina o processo produtivo, ou seja, a divisão do trabalho. A principal conseqüência desse processo é que o trabalhador não se reconhece no produto que fez, e assim perde a sua identidade enquanto sujeito.
A alienação do produto do trabalho conduz à alienação do homem. As relações interpessoais em geral passam a ser medidas pelas mercadorias e pelo dinheiro, até os próprios proletários adquirem caráter de mercadoria, pelo fato de sua força de trabalho ser comercializada no mercado. O trabalhador torna-se um ser privado de sua essência humana.
Entretanto, ao contrário de uma visão fatalista da história, em que essa situação se repetiria ininterruptamente, Marx faz uso do materialismo dialético para demonstrar como se daria a ruptura da ordem capitalista. O trabalhador, mesmo vivendo individualmente essa dominação, enquanto integrante de uma classe social, poderia tomar consciência dessa situação de opressão. A partir daí, se mobilizaria enquanto classe para promover a sua verdadeira libertação, através de uma revolução. Portanto, era da própria situação de exploração que nasceria a força de classe operária.
Para além da alienação econômica, há também a alienação religiosa. Influenciado por Feuerbach, Marx afirma que é