Cruzadas

FRANCO JR, Hilário. As cruzadas. 1° Edição. São Paulo: Brasiliense, 1981. 87 páginas.

Essa obra escrita por Hilário Franco Junior remete sobre as Cruzadas de uma forma não muito extensa, porém abrangente. O livro possui 87 páginas, subdivididas em uma introdução seguida de quatro capítulos (As motivações materiais, as motivações psicológicas, as Cruzadas no Oriente e Ocidente, o Ocidente após as Cruzadas), uma conclusão, indicações para a leitura e gravuras compotas de charges e mapas geográficos. A Cruzada não foi um termo muito usado pelos contemporâneos da época, apareceu de forma esporádica pelo século XIII quando esse movimento já havia perdido a força. A palavra teve origem em seus participantes consideravam-se “soldados de Cristo” marcados pela cruz bordada em sua roupa. Um conjunto de fatores materiais e espirituais provocou as Cruzadas. As epidemias (a peste, malária), ao contrário da Alta Idade Média, praticamente desapareceram pelo fato de que havia poucos contatos com o Oriente e ao isolamento entre os feudos, houve também a diminuição das guerras e invasões o que pouco afetou a demografia e os recursos naturais, pelo fato de que varias áreas foram abandonadas recuperando a fertilidade, e as inovações tecnológicas no campo. Em resumo,sem o surto demográfico as Cruzadas não teriam sido possíveis nem necessárias. A mentalidade da época foi fundamental, três elementos foram fundamentais a contratualidade, a belicosidade e a religiosidade. A realidade social estava baseada num contrato mutuo de direitos e obrigações baseada na desigualdade social e na exploração de uma camada pelas outras através de uma ideologia segunda falava que haveria trocas de serviços, o clero reza, os nobres lutam e os servos trabalham. Entende-se por belicosidade a natureza daquele que esta disposto a lutar, no contexto da época os nobres que guerreavam vinham os inimigos como exércitos demoníacos e combatê-los era visto como obra política e religiosa a religiosidade,