Cromo 45
Em 1762, J. G. Legmann, numa carta endereçada ao naturalista G. L. L. de Buffon, descreveu um novo mineral proveniente da Sibéria. Sabemos agora que este mineral é a crocoisita, ou cromado de chumbo.
Em 1789, L. N. Vauquelin e Macquart não puderam reconhecer no mineral um elemento novo, e ambos declararam que ele continha chumbo, ferro, alumina e grande quantidade de oxigênio.
Entretanto, em 1797 L. N. Vauquelin tornou a examinar o mineral e concluiu que o chumbo devia estar combinado com um ácido peculiar, que ele considerou ser o óxido de um novo metal. Este foi denominado cromo – do grego (chroma), cor – porque todos os seus compostos são coloridos. Em 1798, L.N. Vauquelin reconheceu um novo elemento, no espinélio e na esmaragdita, e F. Tassaeret, em 1799, encontrou o cromo no minério de ferro cromado.
Estado Natural
O cromo metálico não existe livre na natureza. Encontra-se combinado com oxigênio no ocre de cromo, que é o sesquióxido de cromo, Cr2O3, associado com maior ou menor quantidade de matérias terrosas. A cromita, Fe(CrO2)2, é o principal minério de cromo. Existe, também, sob a forma de cromato de chumbo, constituindo a crocoita ou crocoisita, PbCrO4. Encontram-se vestígios de cromo em diversos minerais – esmeralda, jade, serpentina, etc.
Extração de Cromo Metálico
A principal fonte de obtenção de cromo é o minério de ferro cromado. O cromo encontra-se à venda, principalmente sob a forma de cromato e dicromato de sódio e de potássio, obtidos a partir do minério.
O cromo é preparado por dois processos, de acordo com o fim a que se destina. Necessitando-se o metal em massa, prepara-se pelo processo da “aluminotermia”; quando se requer sob a forma de revestimento de cromo, ele é obtido por eletrólise.
Para efetuar-se o primeiro processo, coloca-se uma mistura íntima de sesquióxido de cromo e alumínio em pó, num cadinho de argila refratária. Sobre esta se coloca, uma mistura de peróxido de sódio,