Aços resistentes à corrosão
O perfil do parque manufatureiro de inox, mesmo nos centros mais adiantados do país como o de São Paulo, mostra uma grande concentração de pequenas indústrias resultado do desmembramento de pequenos fabricantes de pias e cubas. Nelas, o serviço é basicamente artesanal executado em equipamentos obsoletos com resultados desastrosos no que tange à qualidade.
Experiências de revestimento de fachadas de esquadrias, escadas e revestimentos internos executados em Belo Horizonte e em São Paulo evidenciaram a necessidade premente de habilitação de mão de obra especializada.
O nível de tecnologia utilizado pelas empresas transformadoras do aço inox no Brasil ainda é muito baixo. As dificuldades de mão de obra e o desconhecimento do correto manuseio têm onerado desnecessariamente os custos de fabricação e comprometido a qualidade final do produto.
As informações contidas neste manual são básicas para o desenvolvimento da mão de obra e devem ser consideradas como uma primeira abordagem dos parâmetros que devem ser levados em consideração para a correta especificação, manuseio e conformação dos aços inoxidáveis laminados a frio.
BREVE HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO DOS AÇOS INOXIDÁVEIS
O desenvolvimento dos aços inoxidáveis é atribuído ao inglês Harry Brearly, em 1912. Ao experimentar um liga ferro-cromo com aproximadamente 13% de cromo, fez algumas observações metalográficas e constatou que a liga fabricada resistia à maior parte dos reagentes freqüentemente usados em metalografia; a essa liga ele denominou “Stainless Steel”, ou seja, “aço sem manchas”. Brealy, na verdade quis dizer que esse aço não era atacado ou “manchado” quando submetido aos ataques metalográficos da época.
No mesmo ano, na Alemanha, Eduard Maurer afirmava que uma liga ferro-cromo elaborada por Brenno Straus resistiu por vários meses aos vapores agressivos do laboratório em que trabalhava.
Os aços inoxidáveis descobertos por Brealy e