Cristianismo e cultura bantu
13 JUNHO 2012
OPINIÃO
•
Luanda - Antes de tudo, começa-se por definir a palavra Modernismo antes de confrontar o Cristianismo ou melhor a Fé cristã com a cultura bantu.
Fonte: Angolense
Modernismo é a tendência para pôr a exegese (interpretação gramatical e histórica dos textos e particularmente da Bíblia) cristã de acordo com os dados da crítica histórica e da filosofia modernas, diz o dicionário prático ilustrado, Novo dicionário enciclopédico Luso-brasileiro, publicado sob a direcção de Jaime de Séguier, Lello e Irmão, Porto 1988,
Segundo o referido dicionário, a fé é a crença nas verdades da religião, a cultura é um adiantamento, uma civilização e a geração, são os indivíduos de uma época.
O professor de Sociologia da Universidade de Exeter, G. Duncan Mitchel, no seu livro Novo dicionário de sociologia, indica que, a cultura, numa sua definição lata, refere-se àquela parte do repertório total da acção humana (e seus produtos), que é social, oposta ao que é geneticamente transmitido.
Dai, o conflito de gerações entre a fé e a cultura pode ser entendido como o choque entre a aculturação e a tradição.
Aculturação é o processo pelo qual um individuo ou um grupo adquire as características culturais de um outro através de um contacto directo e da interacção – segundo ainda a definição de G. Duncan Mitchel, que precisa que a aculturação pode dar lugar a um conflito de culturas e a uma adaptação que conduz à modificação da identidade do grupo.
Dai, a fé crista é um produto do colonialismo europeu. No caso concreto de Angola, são os colonialistas portugueses que trouxeram o cristianismo. São eles que introduziram os nomes de Deus, Jesus, Santa Maria, Anjos e Santos no léxico religioso bantu.
O cristianismo defende a Trindade, que há três pessoas em Deus: Deus pai, Deus filho que é Jesus Cristo e Deus Espírito Santo.
Antes da chegada do colonialismo, os antepassados bantu