Cristianismo sem Discipulado
De modo muito triste gerou-se nas igrejas a ideia de que as pessoas podem ser cristãs sem a necessidade de ser discípulas, com isto, temos em nossas igrejas, cristãos que não procuram se submeter a Cristo.
Dietrich Bonhoeffer no seu excelente livro “Discipulado” nos adverte:
Cristianismo sem Jesus Cristo vivo permanece necessariamente um cristianismo sem discipulado; e cristianismo sem discipulado é sempre cristianismo sem Jesus
Cristo; é uma ideia, um mito. Um cristianismo no qual só existe Deus Pai, mas não existe Cristo como Filho vivo, exclui o discipulado... O discipulado sem Jesus Cristo é a escolha pessoal de um caminho talvez ideal, um caminho, quem sabe, de martírio, mas não encerra promessa; Jesus o repudiará.1
Quando uma igreja opta por aceitar cristãos que não querem ser discípulos, nela surgem consumidores de “serviços religiosos” que vivenciam “outro evangelho” que não é o Evangelho de Cristo, estes se caracterizam por:
a) Um evangelho que limita a Graça de Deus ao perdão dos pecados
Focaliza-se a Graça na conversão de uma pessoa, mas se esquece dela através da vida cristã desta. O perigo de tirar a Graça de Deus em nossa caminhada cristã é que facilmente podemos voltar à religiosidade, onde achamos que por mérito em nossas obras Deus deve atender nossos pedidos.
b) Um evangelho que separa a justificação da santificação
Acredita-se de modo equivoco que é possível separar Justificação da Santificação na vida de um cristão, com isto criou-se a confusão de que podemos nos relacionar com Deus sem necessidade de segui-lo, ou seja, temos colocado a salvação como o objetivo final de nossa relação com Ele, esquecendo que a salvação é o início de uma jornada que dura toda a vida – Santificação.
c) Um evangelho que acredita que fé é aceitar alguns fatos religiosos
Concordar com alguns fatos na vida de Cristo, não nos torna discípulos, o problema deste falso argumento é que este tipo de fé não