Cristalização
1.1. Cristalização A cristalização é obtida através de condições termodinâmicas (naturais ou artificiais) que levam as moléculas de uma solução homogênea a aproximarem-se e a agruparem-se em estruturas altamente organizadas, os cristais. Ela consiste de dois principais eventos, nucleação e o crescimento dos cristais. A existência de uma concentração de soluto na solução superior à concentração de saturação (limite de solubilidade), estado naturalmente muito instável, torna possível a nucleação e, uma vez formado o núcleo, o cristal começa a crescer. A velocidade de agitação ou circulação no cristalizador, o grau de supersaturação e a temperatura são parâmetros operatórios que condicionam a velocidade de crescimento dos cristais e as características do produto final.
1.2. Cristais e Difração de Raios-X No mais básico nível de análise do espalhamento e da conseqüente difração de raios-X, há espalhamento de raios-X por um elétron, que pode ser coerente ou incoerente. No espalhamento coerente, a onda espalhada tem direção definida, mesma fase e mesma energia em relação à onda incidente, tratando-se de uma colisão elástica. No espalhamento incoerente, a onda espalhada não tem direção definida, não mantém a fase nem a energia (é o chamado Efeito Compton) e trata-se de uma colisão é inelástica. Devido ao fenômeno da difração de raios-x, é possível estudar materiais a nível atômico, descobrindo e estudando sua estrutura. Se os átomos que geram este espalhamento estiverem arranjados de maneira sistemática, como em uma estrutura cristalina, apresentando entre eles distâncias próximas ao comprimento de onda da radiação incidente, pode-se verificar que as relações de fase entre os espalhamentos tornam-se periódicas e que efeitos de difração dos raios-x podem ser observados em vários ângulos. Como a amostra triturada é constituída de um número incontável de fragmentos cristalinos, para cada conjunto de camada de átomos tais