Crise
Paulo, 27/10/2008), a mais radical dizia respeito à realização de uma greve
(greve branca) dos controladores civis ou de uma “operação-padrão”, expressa em atrasos intencionais dos voos, como forma de mostrar insatisfação com as condições precárias de trabalho vigentes à época.
Imediatamente a Força Aérea Brasileira (FAB) publicou nota negando ter havido qualquer reunião de profissionais da ativa e do efetivo do controle do tráfego aéreo. A nota destacava, além disso, o profissionalismo dos militares atuantes no controle do tráfego aéreo.
Tratava também do esforço do presidente da Associação de
Controladores em atuar em parceria para debelar a crise, refutando, portanto, posturas oportunistas com vistas a melhorias salariais ou demandas de curto prazo. A preocupação principal da nota da FAB era, a um só tempo, mostrar coordenação e afastar rumores sobre fraturas nas linhas de comando.
Em 28 de outubro, os controladores de tráfego aéreo do Cindacta I, que controlavam, à época, 70% do tráfego aéreo nacional, entram em operações-padrão que resultaram em atrasos e cancelamentos de voo no sul e sudeste do país, tumultos e revolta de passageiros nos aeroportos. Em regime de operação-padrão, cada controlador de tráfego aéreo passou a acompanhar no máximo 14 aviões. Este limite era condizente com as normas internacionais de segurança aérea, de acordo com a
Federação Internacional dos Controladores de Tráfego Aéreo. Foi o argumento usado pela Federação Brasileira das Associações de
Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta) para negar que a categoria estivesse em greve branca. Segundo a instituição, a medida destinava- se a adequar o trabalho dos controladores de tráfego aéreo aos padrões estabelecidos pelas normas internacionais. A Febracta