Crise
A economia norte americana passou por momentos prósperos enquanto vivenciava o boom no mercado imobiliário a partir de 2004. Entretanto, ainda no final de 2007, acabou esse momento de crescimento e euforia, e o sonho americano da casa própria tornou-se um pesadelo de despejos e execuções de hipotecas. Frente a essa problemática, torna-se preciso compreender como esse ciclo virtuoso de crescimento, se desmoronou em uma recessão.
As causas da crise do subprime remontam o cenário da crise 2001. Nesse ano houve o estouro da bolha da internet, o índice NASDAQ que subira de 600 para 5000 pontos entre 1996 e 2000 despenca para 2000 em poucos meses. Reagindo a essa crise o governo procura implantar uma política expansionista, cortando a taxa de juros dos fundos federais para 1%. Contudo, o governo manteve taxas de juros baixas até 2004, mesmo que a economia já dando sinais claros de recuperação.
Outro fator relevante foi o boom de construção vivenciado em 2004. Os preços dos imóveis estava aumentando significativamente nas “superstar cities” como São Francisco e Nova Iorque e outras cidades como Phoenix vivenciavam um surto de construção, chegando a faltar cimento em algumas localidades. Embora fosse comum a menção de que esse aumento de preços se devia a formação de uma bolha no mercado imobiliário, havia muitos, como o professor Chris Mayer da Universidade de Columbia, que não viam problema algum com esse aumento de preços.
Como os bancos estavam com muito dinheiro a sua disposição por causa da baixa taxa de juros, houve um apetite para realização de empreendimentos mais arriscados, que rendiam uma taxa de juros maior. Nesse sentido, novas modalidades de empréstimos e o mercado secundário ganharam notoriedade.
Tradicionalmente as hipotecas eram financiadas em 30 anos, com taxas de juros pré fixadas e sem multas por pagamento antecipado. Esse modelo se mostrou vantajoso para o tomador que em caso de aumento das taxas de juros