CRISE POL TICA
A Proclamação da República envolveu grandes expectativas para o país.Imaginava-se que boa parte de seus males estava ligada á forma de governo monárquica, e que a República, regime de iguais regidos por uma mesma lei, seria moderna e menos propensa a vícios.
O sistema político da República Velha - de acesso restrito sempre ás mesmas famílias ou grupos oligárquicos - acabou por gerar insatisfações. Certos setores estavam irremediavelmente condenados á oposição, fossem grupos ou famílias secundários dentro dos estados, fossem oligarquias de outros estados que não Minas Gerais ou São Paulo no âmbito federal. O descontentamento desses grupos conduziu ao rompimento do pacto político, originando as oligarquias dissidentes.
Enquanto os grupos que detinham o monopólio do poder político no país aproveitavam para obter vantagens econômicas, como a política de valorização do café - outros grupos oligárquicos disputavam o poder visando garantir seus privilégios particulares, sem, no entanto, conseguir.
O Brasil passava por transformações econômicas que provocam o surgimento de novas classes sociais.Os novos grupos sociais, essencialmente urbanos, logo demonstraram sua força, com reivindicações próprias e atuação política independente, quase sempre contrária ás oligarquias.
O Exército, calado desde o episódio de Canudos, voltou a manifestar-se politicamente por meio de seus jovens líderes, embora defendesse ideias não necessariamente novas.Dessa forma, o período que se iniciou em 1914 foi bastante agitado, com o enfraquecimento da ordem oligárquica e sua posterior queda em 1930.
AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS
Ao longo do período denominado República Velha ( 1889-1930 ), o Brasil passou por mudanças sociais e econômicas cujos efeitos, apesar de importantes, só se fariam sentir a longo prazo. Devido á entrada de imigrantes e sua concentração no Sul e Sudeste do Brasil, essas regiões tiveram um crescimento populacional acelerado que as demais. A