A proposta reichiana do AntiAdipo
1836 palavras
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A proposta reichiana do AntiédipoFrinéa Souza Brandão
Neurofocus Psicoterapias
"Na sua tarefa destrutiva, a esquizoanálise deve proceder o mais depressa possível, mas também só pode proceder com uma grande paciência, uma grande prudência, desfazendo sucessivamente as territorialidades e reterritorializações representativas pelas quais um sujeito passa na sua história individual."
(O Antiédipo − Gilles Deleuze e Félix Guattari)
Resumo Todos esses são órgãos falantes, pulsantes, constituintes de uma unidade funcional, representantes de uma unidade funcional. Animados pela energia orgônica, com sua bio/ lógica universal. Nas máquinas desejantes, potentes, tudo funciona ao mesmo tempo, um mundo de vibrações, de explosões, de rotações. Um mundo de Reich. Um mundo também de Deleuze e Guattari.
Palavras-chave
Órgãos, desejo, Antiédipo, psicanálise, orgonomia.
Um pouco de Reich, de Deleuze e Guattari – o tributo
O tributo de Deleuze e Guattari é também à clínica. Eles ajudam a cortar as amarras do academicismo. A prisão religiosa que acabaram se transformando a maioria dos aglomerados de psicoterapeutas em torno de um mestre qualquer contribui para o amordaçamento da criatividade. Essa pode ser considerada uma forma de edipianização.
Reich, criador de um novo território, pode servir de exemplo para a construção de um saber próprio. Reich não teve gurus. Ele teve mestres. Ele não se aglutinou edipianamente em torno do pai. Ele que foi além. Por isso conseguiu ficar independente e manter a sua potência orgástica. Não teve que sacrificá-la a um determinado pai, a uma determinada organização patriarcal, cumprindo a profecia − desejar uma mãe que não deseja para manter a vaidade paterna, para manter o narcisismo na roda giratória do seu próprio consumo. Comendo seu próprio rabo. Alimentando-se do vazio. Tornando-se impotente.
Reich aprendeu com Freud. Aprendeu com a Psicanálise, e sempre respeitou todas as regras da aprendizagem e de aplicação do método