Crise grage
O déficit no orçamento grego, ou seja, a diferença entre o que o país gasta e o que arrecada, foi, em 2009, de 13,6% do PIB, um dos índices mais altos da Europa e quatro vezes acima do tamanho permitido pelas regras da chamada zona do euro. Sua dívida está em torno de 300 bilhões de euros (o equivalente a US$ 400 bilhões ou R$ 700 bilhões).
para conseguir esse empréstimo, o governo grego precisará cortar gastos e aumentar impostos - medidas previstas em um pacote de austeridade aprovado pelo parlamento do país.
Os cortes de gastos são exigidos pelo trio formado pelo Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE) – chamado de “troika” como precondições para liberar um novo pacote de resgate financeiro à Grécia, de 130 bilhões de euros (cerca de R$ 295 bilhões).
O rigor das medidas teve forte efeito deletério sobre a economia grega. O resultado foi uma taxa de desemprego de 20,7% e uma queda de 6,2% do PIB no primeiro trimestre.
A Grécia está nessa situação pois gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida.
Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram.
Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era atingida pela evasão de impostos.
A Grécia, do ponto de vista produtivo, é pouco expressiva tanto para a Europa quanto para a economia mundial. O risco que representa é monetário, isto é, para a estabilidade do euro. O país faz parte de um projeto de moeda única que