Crise Financeira
“Crise financeira é uma situação em que determinado mercado ou em todos os mercados financeiros de uma região, de um país ou do mundo, o pessimismo passa a prevalecer a ponto de a oferta de ativos, ultrapassar de longe a sua demanda.”1
Mesmo cada crise cambial e financeira tendo suas especificidades, contudo, estas não deixaram de ter elementos comuns.
Nas crises que vamos acompanhar neste trabalho, a sequência de fatos que as desencadearam, foram praticamente sempre os mesmos, a perda repentina de confiança na moeda nacional e sua rápida depreciação em relação a outras moedas, acarretando um colapso cambial.
No apogeu de uma crise, a população tende a conservar sua riqueza sob a forma de espécie (dinheiro) ou de bens reais (mercadorias) facilmente transacionáveis.
Nos anos 90, muitos países, alguns até então considerados emergentes, sofreram crises financeiras, alguns exemplos são: Crise Mexicana em 1994; Crise do Sudeste Asiático em 1997; Crise da Rússia em 1998, dentre outras, ocasionando conseqüências mundiais.
Analisaremos essas e outras crises na sequência, para compreendermos como cada uma pode ter contribuido para a crise mundial de 2008.
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1(Paul Singer, 2000, p. 123, grifos do autor)
2 GRANDE DEPRESSÃO – BLACK TUESDAY (1929)
No início do século XX, os Estados Unidos estavam em seu período de pleno desenvolvimento, a indústria americana era responsável por quase 50% da produção mundial. O país criou um novo estilo de vida: o american way of life, caracterizado pelo grande aumento na aquisição de automóveis, eletrodomésticos e toda sorte de produtos industrializados.
A grande mecanização de processos de produção acarretou na estagnação dos salários e grande desemprego, porém era o período da euforia americana, a produção estava acelerada devido à compra em massa dos países da Europa, que estavam em processo de recuperação devido à 1ª Guerra Mundial.
Com a recuperação da economia