CRISES FINANCEIRAS
Terceiro, o mercado deve ter um arcabouço de regulação e organização tal que permita a livre concorrência. Por exemplo, nos mercados de capitais organizados (bolsas de valores, futuros, bens agrícolas, entre outras) há regulações no sentido de proibir a atuação de agentes que têm conhecimento privilegiado sobre os bens transacionados. Por exemplo, o presidente de uma empresa não pode comprar ou vender ações da sua própria empresa com objetivo de obter lucros de curto prazo. Isso porque tal agente tem informações privilegiadas, sabendo de fatos que alteram a percepção do valor das ações antes dos demais membros do mercado. Perceba que estas regulações são distintas do primeiro item, pois são mecanismos para promover uma igualdade entre os agentes demandantes e ofertantes no mercado.
As origens das referidas crises estão associadas, à lógica de funcionamento dos mercados financeiros, em particular, sob um contexto de finanças desreguladas.Crises financeiras podem ocasionar fortes implicações para o lado real da economia, resultando em períodos de recessão e depressão da atividade econômica e, no aumento das taxas de desemprego. Na visão “convencional” os mercados financeiros são considerados “eficientes”, ao passo que a ocorrência de crises financeiras é pouco provável e somente ocorrem através de interferências “exógenas” no nível de eficiência destes mercados. Nesse sentido, com base nos pressupostos de que os agentes tomam suas decisões sob a hipótese de expectativas racionais em um contexto de mercados “eficientes”, a visão “convencional” considerou que, no plano macroeconômico institucional, os ganhos da liberalização financeira poderiam ser os mesmos que os da liberalização comercial. A livre movimentação de capitais geraria uma alocação internacional de capitais mais