Crise econômica
Foi numa segunda-feira, 15 de setembro de 2008, que ocorreu a morte simbólica de Wall Street, um dos mais importantes centros financeiros do mundo. A economia mundial se viu então diante um iminente colapso, sem precedentes desde o crack da bolsa de Nova York em 1929. (Direto ao ponto: Ficha-resumo)
Neste dia, o Lehman Brothers quebrou e outros três bancos de investimentos dos Estados Unidos, o JP Morgan, o Merril Lynch e o Goldman Sachs, quase foram à falência. Para se reerguerem, pediram socorro ao governo.
Era o início da atual crise econômica mundial, que mudou o panorama geopolítico do mundo globalizado e deixou uma dívida que, no futuro, pode resultar em novos abalos no sistema financeiro. Para evitar isso, é preciso criar mecanismos mais eficientes para regulamentar a especulação com capitais de risco.
A questão de como será feito esse controle é justamente um dos pontos de divergência da cúpula do G-20, grupo dos países ricos e emergentes. Eles se reúnem no final deste mês de setembro nos Estados Unidos para chegar a um acordo sobre como sair da crise.
Quase um ano depois, o consenso é que o pior já passou e que os efeitos, contrariando os mais pessimistas, foram menos catastróficos que o esperado. De acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), a previsão é de recuo em 1,3% da economia global este ano - contra a estimativa anterior de 1,4% de retração - e recuperação somente no final de 2010.
Trocando em miúdos, o capitalismo entrou agora na fase de recuperação. No entanto, para o G-20, ainda é cedo para suspender a irrigação de setores privados com verbas públicas. É uma aposta necessária, mas que não agrada a todos. Manter os pacotes de estímulos monetários e fiscais do Estado tem um custo político: o contribuinte sabe que foi ele quem pagou pela "lambança" no mercado financeiro, e deve retribuir seu descontentamento nas urnas.
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