Crise econômica na europa - 2012
O colapso iniciou-se da Grécia pois esta foi incapaz de gerenciar a expansão dos gastos públicos que dispararam de forma desordenada. O país gastou muito além do que seu orçamento permitia em programas sociais, na folha de pagamento dos servidores públicos e outros benefícios. Para pagar as contas, o estado adquiriu empréstimos junto a instituições bancárias. Agora, a Grécia é o país de maior evidência no grupo de devedores da União Européia. Países como Portugal, Irlanda, Itália e Espanha sofrem os efeitos do endividamento descontrolado e buscam apoio financeiro da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional. A dívida pública grega atingiu mais do que o dobro do PIB (Produto Interno Bruto) permitido na Eurozona (60%). A diferença de quanto o país gasta e quanto arrecada, correspondia a mais de quatro vezes a porcentagem tolerada do PIB grego em 2009.
A crise atingiu outros países da zona do euro, que também estão em condições fiscais debilitadas, como Irlanda, Espanha e Portugal. Os déficits orçamentários desses governos, que tiveram de socorrer a economia injetando recursos públicos durante a crise e sofreram queda de receitas, são os piores desde o período da Segunda Guerra Mundial.
Além disso, a ameaça de anunciarem “calotes” em suas dívidas causou desconfiança nos mercados. Como consequência, tornou-se mais difícil para empresas e governos refinanciarem suas dívidas, aprofundando a recessão no bloco.
Para receber ajuda, no entanto, precisam adotar medidas para controlar os custos que, na prática, significam enxugar os gastos públicos, por meio do corte de benefícios sociais e empregos, por exemplo, e elevar a arrecadação por meio de impostos. O problema é que essas medidas deprimem ainda