crise economica
Tal crise, que continua a ter reflexos em todo o planeta, não foi fruto de um acontecimento isolado na história do sistema econômico mundial, pois se insere num percurso de crises mais intensas, segundo Coggiola, periódicas e típicas da economia capitalista como a de 1873-1896 (engendrada na Inglaterra) e a de 1929-1939 (emulada nos Estados Unidos).
Extremamente oportuno, o livro procura analisar as teorias liberais e, principalmente, marxistas das crises econômicas, apresentando um balanço das consequências dramáticas à humanidade produzidas pelas depressões (desemprego, redução da produção, fome, aumento da desigualdade, conflitos bélicos, xenofobia, ultra-nacionalismo, imperialismo). Apesar de ajudar a compreender o processo que leva às crises de efeitos globais e suas consequências, a preocupação do autor não recai em estudar este último abalo econômico desvelado em 2008. Seu interesse é apresentar o percurso das crises do sistema capitalista desde o momento em que elas passaram a ter efeitos globais, por isso sua periodização parte do abalo financeiro de 1873-1896 e chega aocrash de 1929-1939.
O livro está organizado em três capítulos: (1) "Considerações iniciais"; (2) "Século XIX, do auge à crise"; (3) "A crise de 1929 e a segunda 'grande depressão'". Contém ainda uma bibliografia de referência interessante e diversificada sobre o tema das crises econômicas mundiais e uma introdução escrita pelo professor da Universidade Estadual de Campinas, Plínio de Arruda Sampaio Júnior.
A atualidade do livro, apesar de o autor centrar o seu conteúdo