crise do estado de bem estar social
Por fim, a Globalização econômica, facilitada pelo avanço tecnológico, elevou o estímulo à competitividade das empresas, com a internacionalização do capital e o surgimento de empresas transnacionais. Isso gerou uma pressão maior sobre os governos no sentido de desregulamentação, flexibilização e privatização das atividades econômicas. Tal processo surge com a finalidade de revitalizar o capitalismo, enfraquecido pelo Estado de Bem Estar Social.
Muito embora a ideia de globalização trazer em si mesma o enfraquecimento do Estado Nacional e da Soberania, sendo portanto incompatível com um Estado-interventor, a nova crise do capitalismo iniciada em 2007 vem, cada vez mais, estimular duas visões antagônicas sobre o futuro do Estado. Uma, defende o retorno ao modelo de Estado-interventor e o aprofundamento de reformas sociais. Outra, defende uma desregulamentação total, aprofundando o Estado-mínimo rumo à dissolução do Estado Nacional, debilitando a Soberania e trazendo uma falsa doutrina de despolitização da sociedade, até uma nova ordem mundial.
Se por um lado, esta Globalização Neoliberal é incompatível com um Estado-interventor e com os direitos fundamentais – pelo menos os de 2ª geração, os chamados direitos sociais. Por outro aspecto, hoje se fala de uma globalização de direitos, onde os ideais neoliberais não influenciam, e que defende a globalização dos direitos fundamentais, introduzindo direitos fundamentais de 4ª geração, ou seja, direito à democracia, direito à informação e o direito ao pluralismo.