a teoria das janelas quebradas
Por razões didáticas, iniciaremos pelos fatores externos:
a) Pacto Econômico Político
Após a Segunda Guerra Mundial principalmente, forma-se um consenso nos países capitalistas acerca da necessidade de construção de um Estado do Bem Estar Social. Os liberais buscam a todo custo frear uma ameaça comunista cada vez mais presente a maciça. A esquerda, por sua vez, se contenta ao ver as reformas sociais que pregam serem implementadas pelos seus governos. Logo, havia um ambiente internacional favorável ao desenvolvimento do Estado do Bem Estar Social.
Entretanto, a partir do governo Nixon nos Estados Unidos da América (início dos anos 70), começa a virada dos conservadores. Os conservadores, grandes empresários e industriais, verdadeiros detentores do capital e dos meios de produção, já se encontravam, na década de 70, extremamente insatisfeitos com o Estado do Bem Estar Social. Afinal, esse modelo de Estado exigia uma grande arrecadação tributária para alcançar o fim de diminuir as desigualdades sociais e prestar assistência aos menos afortunados. Logo, a margem de lucro desses conservadores havia diminuído consideravelmente, gerando uma insatisfação crescente. Contudo, o modelo era necessário. Era melhor um Estado capitalista onde os lucros são menores que enfrentar a ameaça real de uma sociedade em que nenhum cidadão é dono dos meios de produção e a propriedade privada é uma realidade distante.
A década de 70, porém, veio acabar com esse pacto. A antiga União Soviética começava a apresentar sinais de fraqueza. O modelo socialista não conseguia cumprir o que prometia, pelo que passava a se tornar uma proposta menos atraente (e portanto menos ameaçadora) para a maior parte da