Crise de 1929

3386 palavras 14 páginas
Grandes mitos da Grande Depressão

Por Lawrence W. Reed·16/02/2009·
Ensaio·Tagged: Ensaios, Lawrence W. Reed

por Lawrence W. Reed Muitos livros têm sido escritos sobre a Grande Depressão e seu impacto nas vidas de milhões de americanos. Historiadores, economistas e políticos têm vasculhado os destroços à procura da “caixa preta” que revelará a causa dessa lendária tragédia. Infelizmente, muitos deles decidem abandonar sua busca, talvez achando mais fácil propagar uma série de conclusões falsas e nocivas sobre os acontecimentos de sete décadas atrás. Quão grave foi a Grande Depressão? Nos quatro anos entre 1929 e 1933, a produção das fábricas, das minas e dos serviços de infra-estrutura do país despencou mais de 50%. A renda realmente disponível das pessoas caiu 28%. Os preços das ações desabaram a 10% do seu valor de pico de antes da crise. O número de americanos desempregados subiu de 1,6 milhões em 1929 a 12,8 milhões em 1933. Um de cada quatro trabalhadores estava sem emprego no nadir da Depressão, e rumores ameaçadores de revolta ferviam pela primeira vez desde a Guerra Civil. Os velhos mitos não morrem jamais; eles simplesmente continuam aparecendo em livros-texto universitários de economia e ciências políticas. Os estudantes hoje frequentemente recebem lições de que o livre mercado desregulado desmoronou pelo seu próprio peso em 1929, abrindo caminho para uma depressão econômica de uma década, cheia de penúria e de miséria. O presidente Herbert Hoover é apresentado como um defensor da política econômica do “não se meta”, ou do laissez-faire, enquanto seu sucessor, Franklin Roosevelt, é o salvador da economia cujas políticas trouxeram-nos a recuperação. Esse relato popular da Depressão é próprio de um livro de contos de fadas e não de uma discussão séria de história econômica, como um exame dos fatos demonstra. A Grande, Grande, Grande, Grande Depressão Para compreender adequadamente os acontecimentos da época, é conveniente ver a

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