Crise de 1929
Acelerada queda do preço internacional do café a partir de 1929:
Grande acumulação de estoques de 1929;
Rápida liquidação das reservas metálicas brasileira;
Precárias perspectivas de financiamento das grandes safras previstas para o futuro
Acumularam-se os efeitos de duas crises – uma do lado da procura e outra do lado da oferta
Organizações intermediárias no comércio do café – em situação favorável ao perceberem a debilidade da posição da oferta
Queda do valor externo da moeda – grosso das perdas poderia ser transferido para o conjunto da coletividade através da alta dos preços das importações
Financiamento da retenção de estoques – expansão de crédito
Destruição dos excedentes – equilíbrio entre a oferta e a procura a nível mais elevado de preços
Preço do café – condicionado pelos fatores do lado da oferta
Consequências da política de retenção e destruição de parte da produção cafeeira – ao evitar-se uma contração na renda monetária do setor exportador reduziam-se os efeitos do multiplicador de desemprego sobre os demais setores da economia
Política de defesa do setor cafeeiro – verdadeiro programa de fomento da renda nacional
Recuperação da economia brasileira a partir de 1933 – não se deve a nenhum fator externo e sim à política de fomento e que era um subproduto da defesa dos interesses cafeeiros
MECANISMOS DE DEFESA E A CRISE DE 1929
Ao deflagrar-se a crise mundial a situação da economia cafeeira se apresentava como segue . A produção , que se encontrava a altos níveis , teria de seguir crescendo , pois os produtores haviam continuado a expandir as plantações até aquele momento . Com efeito , a produção máxima seria alcançada em 1933 , ou , seja , no ponto mais baixo da depressão , como reflexo das grandes plantações de 1927-28 . Por outro lado , era totalmente impossível obter crédito no exterior para financiar a retenção de novos estoques , pois o mercado internacional de capitais se