Crise da Europa Ocidental e a ascensão de Portugal como nação autonôma
A Crise da Europa Ocidental e a Ascensão de Portugal como Reino Autônomo
INTRODUÇÃO
Discorreremos neste artigo sobre o contexto histórico que antecedeu o Estado Absolutista Português. O artigo terá como foco a engrenagem político-econômica a partir da observação do cenário de crise na Europa Ocidental e a ascensão de Portugal como um “desbravador dos mares”.
CONTEXO EUROPEU
Quando falamos sobre a consolidação de Portugal como nação autônoma, estamos nos referindo a uma das etapas mais importantes da história de Portugal, que foi o estabelecimento do Estado Absolutista pós-período feudal, iniciada no século XIV. Para um entendimento adequado da ascensão de Portugal até sua saída para ganhar os mares, devemos entender os motivos para tanto. A Europa Ocidental a partir de 1150, renascida das ruínas do império romano, era uma região que estava em constantes mudanças. (FAUSTO, 2000)
“Que Europa é essa? Uma Região esmagadoramente rural, onde as cidades haviam regredido e as trocas econômicas diminuído muito, embora sem desaparecerem completamente. Ao mesmo tempo, o poder político se fragmentara e se descentralizara, não obstante o mito do Império ainda proporcionar certa coerência cultural e mesmo legal a toda a área.” (FAUSTO, 2000, pp 19)
Após um período de avanço no século XII, onde fronteiras foram estabelecidas na Inglaterra, França e Espanha, a figura de um Estado Absolutista estava nascendo. No modelo feudal, o poder estava dividido e repartido entre várias figuras, com a função de “senhores”, onde exerciam poder sobre seu feudo. Com a dissolução do sistema feudal, a figura do monarca concentrou todo esse poder fragmentado na sua pessoa. Como veremos mais a frente, com relação a política econômica, esse novo modelo de concentração de poder alcança seu ápice nos séculos XV e, posteriormente, no século XVI. A Europa entrou em colapso a partir da segunda metade do Séc. XIV. Os fatores da crise da Europa Ocidental mais relevantes estão