Criptorquidia

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CRIPTORQUIDIA
Nos últimos meses da vida intra-uterina, os testículos formados no interior do abdômen devem migrar para a bolsa escrotal, seguindo um caminho que passa pelo canal inguinal. A criptorquidia ocorre quando um deles ou os dois ficam parados em algum ponto desse caminho por causa de hérnias ou anomalias na conformação do abdômen inferior. Essa alteração do percurso tem importância porque, para viabilizar a produção de espermatozóides, os testículos precisam estar 1°C, 1,5°C abaixo da temperatura corpórea.
Assim que a criança nasce, é importante verificar se existe ou não criptorquidia. Se os testículos não estiverem situados na bolsa escrotal, a conduta é observar como evolui o caso durante um ano, um ano e meio, porque eles podem migrar naturalmente. Caso contrário, o menino deve corrigir a anomalia precocemente para preservar a função germinativa.
Diagnóstico
É importante distinguir criptorquidia do testículo retrátil. Este é levado à bolsa escrotal com facilidade, mas volta e aloja-se na região proximal da raiz da bolsa. Essa capacidade migratória é provocada pela hipertrofia ou funcionamento exacerbado do músculo cremaster e não requer nenhuma intervenção. Os estímulos hormonais que se manifestam a partir dos sete, oito anos, farão que os testículos se fixem espontaneamente dentro da bolsa.
Complicações
A retenção dos testículos dentro da cavidade abdominal é causa importante da esterilidade masculina e favorece o desenvolvimento de neoplasias. Por isso, se houver dificuldade em levar o testículo até a bolsa, quando o tratamento ocorre numa fase tardia, o melhor é retirá-los para evitar problemas mais graves.
Tratamento
O uso da gonadotrofina coriônica (hCG) provoca o amadurecimento transitório e mais rápido do testículo, auxiliando a fase final da migração. Na maior parte dos casos, porém, sobretudo quando o problema é unilateral, a melhor opção de tratamento é a cirurgia para liberar o testículo das aderências que se formaram dentro do

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