criméia
Criméia
Para entendermos a crise da Ucrânia, a situação vigente do país, a crise da Criméia e, inclusive, o quê esteve em jogo, no domingo passado (16 de março), com a realização do referendo sobre o destino desta república autônoma, localizada junto ao mar Negro é preciso que retomemos o final do ano passado, quando tudo começou. Mas, antes de tentar sintetizar a crise ucraniana e, a sua conjuntura atual, com o desencadeamento da crise da Criméia em um único texto torna-se vital uma abordagem breve sobre o país a fim de que possamos entender a sua diversidade étnico-cultural, que é à base do sentimento separatista que baliza a relação da República Autônoma da Criméia com a Ucrânia. Para saber acerca da Ucrânia, acesse a postagem referente ao país, AQUI! A crise na Ucrânia teve início, em novembro de 2013, quando o então presidente Viktor Yanukovich (deposto recentemente, em fevereiro) rejeitou assinar o acordo de livre-comércio e associação política com a União Européia (UE), declarando que buscaria firmar relações com o seu principal aliado comercial, a Rússia. A Rússia, em troca, ofereceu ao governo ucraniano um pacote de ajuda financeira avaliado em US$ 15 bilhões e, ainda, a redução do valor do gás importado para o país. A União Européia, na verdade, esperava firmar acordos com mais cinco ex-repúblicas soviéticas, a saber: Geórgia, Moldávia, Bielo-Rússia, Armênia e Azerbaijão. No entanto, ela só conseguiu com a Geórgia e a Moldávia, que são pequenos países sem grandes projeções econômicas. Das quatro que rejeitaram o acordo com o bloco econômico europeu, a Ucrânia é a mais importante, sobretudo, por sua localização estratégica tanto pelo acesso ao Mar Negro e, a partir deste, ao Mar Mediterrâneo quanto à Europa Oriental, como também por seu potencial econômico (tecnologias bélica e aeroespacial de ponta, extração de minério de ferro e produção de aço, principal produto de