Criminologia

No caso, adota-se a política criminal com derramamento de sangue, que é formada pela idéia de estado de guerra, onde os inimigos devem ser eliminados.
A política criminal com derramamento de sangue tem relação com o movimento de lei e ordem, pois a política criminal com derramamento de sangue é formada pela idéia de estado de guerra, onde os inimigos devem ser eliminados fazendo-se uso rotineiro de violência letal e tortura, de execuções sumárias e desaparecimentos sem explicações, o que tem gerado um ambiente de terror entre as classes populares, que são seu alvo preferencial, além de banalizar a violência promovida pelo Estado. O movimento de lei e ordem é um movimento político criminal autoritário e repressivo baseado em um modelo punitivo-retributista que prima pelo recrudescimento do sistema punitivo com a diminuição das garantias individuais, aumento das possibilidades de prisões cautelares, adoção de medidas penalógicas extremas, estimula sanções penais para solucionar conflitos (ex. Juizados Especiais Criminais), é dirigida a grupos perigosos que devem ser controlados, possui uma ótica maniqueísta do bem contra o mal e desenvolve um direito penal máximo.
O ponto principal não é que a miséria produza criminalidade, mas que esta esteja sendo criminalizada e brutalizada. A falta de oportunidade, a carência de valores, que se exerce através da família, da educação, da medicina, da religião, dos partidos políticos, dos meios de massa da atividade artística e da investigação científica está diretamente ligada à entrada da população pobre na criminalidade, como meio de sobrevivência o que gera exclusão de grande parte de brasileiros, que se encontram em situação de calamidade, já massacrados pela miséria, pelo preconceito e pela falta de oportunidades. Somando-se a isso, um Poder Público ausente e uma sociedade desinformada contribuindo, juntamente, com a exclusão social, violência e para o genocídio dessa camada excluída.
Para os críticos progressistas do