No início do século XX a sociologia se tornou disciplina universitária, na Universidade de Chicago, dando origem à primeira teoria sociológica do delito, a chamada Escola de Chicago,surgindo como uma crítica às teorias de perspectiva individual. Influenciou-se pela industrialização dos Estados Unidos e pela mudança radical de seu espaço urbano. Essa transformação, segundo a Escola de Chicago, estava intimamente relacionada à causa da criminalidade. Dessa forma, sua compreensão dependia de um estudo de forças externas ao indivíduo, sobretudo ligadas à área geográfica onde viviam os criminosos, que, pelas condições precárias de organização, geravam uma propensão ao crime. A partir do surgimento da Escola de Chicago, o estudo da sociologia criminal dividiu-se em duas vertentes: a microssociologia, ou escolas psico-sociológicas, e a macrossociologia criminal. , estudos sociológicos do delito, influenciados pelo trabalho de Durkheim, que será tratada no passar do texto. No entanto, microssociologia, que conjugava a estrutura social e o aparelho psíquico do indivíduo na análise do fenômeno criminal e a macrossociologia, que busca somente no estudo da estrutura social as causas do crime, ou a forma como se dá a reação social ao ilícito por parte das instâncias oficiais de controle (polícia, Ministério Público, Judiciário, sistema penitenciário).A macrossociologia surgiu da mesma raiz das escolas microssociológicas” a sociologia de Durkheim”. Já no século XIX, Durkheim entendia que o crime não era uma doença social, mas um fenômeno inseparável dela. Assim, desde que dentro de uma margem de normalidade (demonstrada pela estabilidade das estatísticas), o crime possuía até alguns aspectos positivos para a evolução do grupo social. Para ele, o crime poderia ser estudado como um fato social – sem apreciação de suas especificidades individuais (variáveis irrelevantes num estudo de caráter macrossociológico). Para Durkheim, o que faz com que a