Criminalidade
Atividades socioeducativas precisam ser inseridas durante todo o processo de amparo às crianças, frequentemente vítimas de conflitos familiares e de conturbadas realidades sociais. A simples oportunidade de terem à disposição direitos básicos que lhes foram legados, tais como escola, alimentação e lazer, poderá mudar completamente suas perspectivas de vida.
Se por um lado a família e o Estado cumprem seus deveres, oferecendo-lhes respectivamente respeito e condições de uma vida digna, a sociedade não deve se omitir quanto às suas obrigações. É necessária a manutenção de um ambiente mais justo, onde propostas de integração sejam levadas mais a sério do que apenas ideias paliativas, a exemplo da diminuição da maioridade penal e a criação de supostas instituições de recuperação, como a antiga FEBEM, que são pouco eficazes em resolver a situação, uma vez que não atingem o problema pela raiz.
No filme “O Contador de Histórias”, a trajetória real de Roberto Carlos Ramos ilustra bem como a educação pode ter papel decisivo da vida de uma criança marginalizada: após ser detido por diversas vezes e fugir tantas outras, o rapaz foi visto como um caso “irrecuperável”, até o dia que [em que] foi adotado, recebeu carinho e atenção, alfabetizou-se e teve a oportunidade de concluir seus estudos. Nunca mais voltou atrás, [ao crime] e hoje ajuda na recuperação de outros jovens.
Investir em educação e proporcioná-la ainda [aos cidadãos ainda] na tenra infância é o melhor plano na guerra contra a criminalidade infantil, e decerto apresentará resultados a curto e médio prazo. Basta