Criação galinha caipira
1-Alunos do 100 módulo de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras;
2-Professor Titular do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras; 3-Aluno do Mestrado em Zootecnia da Universidade Federal de Lavras.
Rosemeire Kishibe1
Luciana Cardoso Cancherini1
Veruska Santos Goulart1
Antonio Gilberto Bertechini2 Édison José Fassani3
Até 1960 a avicultura no Brasil se caracterizava pela criação de galinhas em sistema extensivo (a campo) ou semiintensivo (piquetes gramados), sem especialização nenhuma. A maioria das galinhas criadas era uma mistura de raças, sem controle dos cruzamentos, o que caracteriza até hoje as chamadas “galinhas caipiras”.
Após a década de 60, com a introdução da avicultura industrial, a produção e comercialização dos ovos caipiras passou a diminuir, por não competirem com o melhor desempenho das aves e maior grau de tecnificação adotado pelas empresas avícolas.
Entretanto, o frango e os ovos caipiras não desapareceram da culinária brasileira, principalmente da mineira. Mesmo a pessoa menos entendida sabe distinguir um frango caipira daquele criado no sistema intensivo (industrial). A criação caipira confere aos seus produtos características peculiares como carne mais saborosa e os ovos avermelhados. Nesse sentido a procura por essa ave tem sido muito grande, e o valor pago pelos restaurantes no quilo do frango caipira tem atraído alguns pequenos produtores ou mesmo donos de chácaras de finais de semana. Trata-se de um excelente negócio para pequenos e médios proprietários, com ótima rentabilidade, que pode ir da criação à comercialização direta de frango vivo ou abatido, sem intermediário.
Nos últimos dez anos, o mercado começou a se interessar novamente por galinhas criadas no sistema caipira e isso tudo tem a ver com a procura de alimentos mais naturais e os movimentos ecológicos, que são contra a criação das aves exclusivamente em gaiolas, adotada no sistema industrial.
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